sábado, 4 de dezembro de 2010

MÃE

Carlos Amoroso
Mãe, sinto-me tão órfão e solitário,  um vazio me deixa triste e sem acção…        
Em meu íntimo, choro muito de emoção à chegada do NATAL no calendário.     
Como eu gostaria de ter o compromisso de ainda ir à loja e comprar a sua prenda, de passar a seu lado um domingo diferente, e de muitos dias antes, feliz, só pensar nisso. Saudoso, ainda me lembro da suas reacções, de seu choro de alegria, com gestos todos seus, diante da família, abençoada por Deus, cenas já sem repetição; hoje são meras recordações. Como era fácil seu sorriso a qualquer piada, mesmo das sem graça que um dos filhos dizia; o sorriso e o amor que dedicava aos netos que ainda conheceu, que dor eu sinto por não ter conhecido o último neto e as suas brincadeiras e esperteza, que saudade da família reunida com alegria,  que vontade de saborear os seus cozinhados. No Dia de Natal, agora só me resta um afazer,  levar flores à sua campa, numa esporádica visita, beijar aquela tua foto, que não me canso de olhar, meiga e bonita, ritual que vai se repetir enquanto eu não morrer. Ficar em casa a recordar os belos momentos que juntos passámos e o nosso amor familiar. Resta-me a nostalgia desses momentos e a tristeza de ter de viver sem a sua presença física, sim a presença física porque a espiritual eu sinto a cada dia que passa em todo o lado. Obrigado mãe por ter sofrido por mim e por me fazer vir a este mundo, que me começa a cansar pelo que cada vez mais desejo o reencontro seja lá onde for. Beijinhos minha querida mãe e até um dia.
Carlos.

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